A família de Gerardo Cândido Dourado, que faleceu em agosto deste ano, celebrou o aniversário de 85 anos do idoso com uma festa dentro de um cemitério, em Manaus. A comemoração, realizada na quinta-feira (7), teve direito a bolo e refrigerante.
A universitária Paula Dourado, de 23 anos, neta de Gerardo, contou que a festa surgiu de uma ideia coletiva. “Fizemos como foi em todos os anos: cada um levou seu prato e fizemos o aniversário deste ano do jeito que ele gostava”, disse, ao g1.
Gerardo Cândido Dourado com toda a família em Manaus — Foto: Arquivo da família
A família estava preparando a comemoração dos 85 anos do idoso, mas ele faleceu no dia 23 de agosto deste ano. Partiu vítima de um infarto. “Infelizmente, ele nos deixou antes do esperado, e essa foi a alternativa que achamos”, afirmou a neta.
A festa aconteceu no Cemitério São Francisco, no bairro Morro da Liberdade, Zona Sul de Manaus, no dia em que o aposentado completaria 85 anos. Filhos, netos, bisnetos, e genros do idoso participaram da comemoração.
Foto da última viagem de Gerardo Cândido Dourado com os filhos para o Ceará — Foto: Arquivo da família
De acordo com Paula, o avô era festeiro. “Gostava da casa cheia, das risadas. Não perdia as festas, passeios e todos os eventos que ele era convidado. Ele amava dançar, colocava música no som e dançava com as filhas e as netas nas festas”, contou.
Conhecido como “O imperador”, Gerardo era motorista de caminhão aposentado. Nasceu no Ceará, mas mudou para Manaus em 1950, aos 13 anos, com os pais e os irmãos.
Antes de falecer, o idoso conseguiu realizar o sonho de viajar com todos os filhos para o Ceará. “Ele ia para as viagens e topava todos os passeios”, ressaltou a neta, ao destacar a paixão do avó por viagens.
Gerardo Cândido Dourado e a neta, Paula Dourado — Foto: Arquivo da família
Segundo Paula Dourado, Gerardo era muito querido pela família e vizinhos do local onde morava, o bairro Colônia Oliveira Machado, na Zona Sul de Manaus. “Era a melhor convivência possível. Éramos muito presentes na vida dele, e ele na nossa. Quando chegávamos na casa dele, ele nos recebia com um lindo sorriso, abraços e beijos”, lembrou.
A neta contou que o avô também tinha uma relação com os cemitérios. Em 2022, ele esteve no cemitério onde a festa deste ano foi realizada e fez uma foto. “Gostava de tirar foto no cemitério. Todos os anos quando a gente ia era uma foto diferente”, disse Paula.
*Com informações G1 AMAZONAS