O voto do deputado federal Silas Câmara (Republicanos-AM) contra a ZFM (Zona Franca de Manaus) na votação da regulamentação da reforma tributária na Câmara dos Deputados, na noite deste dia 10 de julho, pode ter surpreendido o Amazonas, porém, a traição já estava encomendada dias antes.
O deputado-pastor evangélico já tramava o bote contra o modelo que sustenta mais de 80% da economia do Amazonas antes mesmo da votação desta quarta-feira.
Ele pôs a ZFM como troco em negócio que isenta as igrejas evangélicas de cobrança de imposto.
Era, portanto, um movimento dele que já se via desde o início destaque semana decisiva para o futuro da ZFM e, por consequência, da economia do Amazonas.
Na terça-feira, por exemplo, Silas Câmara votava pela urgência da matéria de regulamentação da reforma enquanto os demais da bancada do Amazonas se movimentava contra essa medida.
O deputado bolsonarista, dessa forma, foi na contramão dos colegas e dos interesses amazonenses.
VOTO CONTRA AMAZONAS
O voto de Silas Câmara pelo regime de urgência significou apoio para que a matéria não fosse discutida antes de ser levada a plenário.
Em suma, ao votar a favor dessa medida prejudicial aos interesses do Amazonas, o deputado-pastor ajudou a impedir discussões sobre o assunto.
Como resultado, Silas Câmara ajudou que o presidente da casa, Arthur Lira (PP-AL), levasse adiante o rito sumário de golpe contra a ZFM.
E dessa maneira, o deputado bolsonarista deu mais uma prova da falta de compromisso com o estado, privilegiando a defesa de seus negócios.