Nesta quarta-feira (6), a Delegacia de Homicídios de Manaus deflagrou a Operação Tormento, que resultou na prisão de quatro sequestradores envolvidos no sequestro de uma vítima que devia R$ 7 mil a um agiota. O crime ocorreu no dia 23 de outubro, quando a vítima foi sequestrada, torturada e mantida em cárcere, enquanto os criminosos exigiam o pagamento da dívida.
Em entrevista coletiva, o delegado Ricardo destacou o trabalho das equipes de investigação:
“Na época, montamos uma operação policial que resultou na prisão de três pessoas envolvidas nesse crime, com apoio da CORE e do DRCO. Foi o primeiro passo. O passo seguinte foi identificar todo o restante do grupo criminoso, e isso foi feito de forma muito eficiente pelas nossas equipes.”
Ele ainda comentou sobre o desdobramento da investigação:
“Descobrimos que tratava-se de uma mesma família, desde o agiota, até os executores e as mulheres envolvidas no apoio logístico, uma levando refeições para a vítima, e a outra vigiando a aproximação da polícia. Todo um esquema criminoso foi desmantelado.”
O delegado Daniel Antony, responsável pelas investigações, detalhou a prisão dos envolvidos:
“A vítima foi sequestrada no dia 23 de outubro. Ela presta serviços de manutenção em equipamentos de ar-condicionado. Fizeram um agendamento falso para uma visita e, quando ela chegou, foi rendida pelos sequestradores e levada para o cativeiro. Durante o sequestro, ela foi brutalmente espancada e torturada enquanto os criminosos pressionavam a família para pagar o resgate.”
“Ontem, conseguimos prender João, Henrique, Thaisa e Ana Silva. João é apontado como o mandante, Henrique como o executor das torturas, e as duas mulheres eram as partícipes, responsáveis pelo apoio logístico e pela vigilância da vítima.”
Em relação ao número de dias em que a vítima ficou em cárcere, o delegado explicou:
“A vítima ficou mais de 24 horas em cárcere. O motivo foi uma dívida de agiotagem. Como ela não pagou a dívida a tempo, os sequestradores a torturaram para forçá-la a efetuar o pagamento.”
O delegado também revelou que ainda há pessoas foragidas:
“Existem mais pessoas envolvidas. Estamos à procura de Paulo, que era responsável por organizar o sequestro e também participou das torturas. Outro indivíduo, conhecido como ‘Trator’, também está foragido e temos dificuldades em identificá-lo. Pedimos ajuda da população para localizá-los.”
Sobre os antecedentes criminais, Daniel acrescentou:
“Henrique já foi preso em 2018 por vínculos com facções criminosas.”
As autoridades pedem à população que colabore com informações sobre os foragidos, através do disque-denúncia 181 ou diretamente com a Delegacia de Homicídios.
*Com informações IMEDIATO