Davi Renan Cavalcante da Silva, 29 anos, era conhecido por viver uma vida de luxo e festas, mas sua trajetória terminou de forma brutal na última terça-feira (8), quando foi executado com mais de 15 tiros após ser sequestrado e torturado em Manaus. O vídeo de sua “confissão” sob coação, divulgado por criminosos, revelou supostos vínculos com um esquema de drogas liderado por um policial preso.
Ostentação e mistério
Apesar de não ter perfil ativo em redes sociais, Davi Renan era descrito por familiares como alguém que “vivia cercado de amigos” e ostentava um estilo de vida cheio de regalias. “Ele era muito querido, sempre rodeado de gente, mas ninguém sabia ao certo como mantinha essa vida”, relatou uma pessoa próxima da vítima ao Portal Tucumã, sob anonimato, que revelou o choque dos familiares e amigos de Davi com seu pronunciamento no vídeo.
A contradição em sua história chamou atenção: mesmo sem um emprego formal, Davi mantinha hábitos de consumo alto. “A família sempre morou na zona Norte, mas ele não parava em um lugar só. Vivia se mudando de residência, como se estivesse tentando se esconder de algo ou alguém”, contou outra fonte.
Vídeo antes da execução
No vídeo gravado sob tortura, Davi mencionou um suposto esquema de “arrocho” (extorsão) envolvendo um policial identificado como Bento Luciano, preso no Complexo Penitenciário Monte das Oliveiras. Ele afirmou que comprava drogas em pequenas quantidades e as revendia, mas as investigações ainda apuram a veracidade dessas informações.
A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) investiga se ele era um “pequeno traficante” ou se foi vítima de uma armadilha de facções. O vídeo, segundo especialistas, pode ter sido encenado para justificar sua execução.
Fonte: Portal Tucumã