A mulher presa por assassinato após atear fogo no amante foi descrita por testemunhas como uma pessoa de personalidade “fria” “violenta” e “cruel”. Segundo a polícia, a suspeita de 49 anos, localizada no Rio de Janeiro, na quinta-feira (31), seria dependente química e teria agido por motivação financeira.
O crime aconteceu no Lins, na zona norte da cidade, em setembro de 2023, na frente de amigos do casal e de um familiar dela.

Os depoimentos revelaram aos investigadores que a mulher atacou Carlos Alberto Mota Maia, de 69 anos, após uma discussão banal. Ela teria pedido dinheiro ao amante, mas a vítima se recusou a entregar qualquer quantia.
Segundo as investigações, a suspeita jogou uma garrafa de álcool em Carlos Alberto, que ficou incrédulo. Em seguida, ela ateou fogo e viu o homem correr desesperado pela casa com o corpo em chamas, mas não demonstrou arrependimento.
O delegado Luciano Zahar, responsável pelas investigações, disse que a vítima chegou a ser socorrida pelas pessoas que estavam no local. Porém, o homem morreu no hospital.
De acordo com o delegado, a suspeita já havia agredido e até atacado a vítima com uma faca. “Embora não tivesse antecedentes, ela era mulher violenta. Talvez, pelo uso de drogas que ela fazia”, disse.
A Polícia Civil conseguiu capturar a foragida após um trabalho de monitoramento que durou 20 dias. Contra ela havia um mandado de prisão pelo crime de homicídio qualificado.
Quase dois anos após o crime, a suspeita foi detida em uma agência bancária no Méier, também na zona norte, quando tentava sacar um benefício social.
Segundo a polícia, a mulher não quis prestar declarações na delegacia. Ela deve passar por audiência de custódia nesta sexta-feira (1º).