Uma movimentação interna no Supremo Tribunal Federal (STF) pode alterar drasticamente o cenário jurídico e político do país. O ministro Luiz Fux protocolou um pedido de transferência da Primeira para a Segunda Turma da Corte — um ato que, à primeira vista, parece administrativo, mas que tem gerado intensos debates nos bastidores do Judiciário e na cena política nacional.

A solicitação de Fux, que viria após alegações de “dificuldades de convivência” com colegas da Primeira Turma, é vista por analistas como uma manobra estratégica com potencial para redesenhar forças dentro do Supremo. Caso o presidente da Corte, ministro Edson Fachin, aceite o pedido, o magistrado ocupará a vaga deixada por Luís Roberto Barroso, que se aposentou recentemente.
Com a mudança, a Segunda Turma passaria a ser composta por Luiz Fux, André Mendonça, Kássio Nunes Marques, Dias Toffoli e Gilmar Mendes. Essa nova formação criaria uma maioria considerada “favorável” ao ex-presidente Jair Bolsonaro — o que, na prática, poderia influenciar diretamente no julgamento de processos que envolvem o ex-chefe do Executivo e outros investigados por atos antidemocráticos.


