Ela não foi apenas a primeira mulher a apitar o clássico mais importante de São Paulo.
A árbitra acabou sendo o grande destaque positivo no empate em 2 a 2, entre Corinthians e Palmeiras.
Ela teve atuação excelente, em uma partida de enorme rivalidade.
Não bastassem os nervos à flor da pele, houve ainda a tempestade que conseguiu vencer a drenagem moderna do estádio corintiano.
Mesmo assim, Edina foi firme, controlou a partida com muito pulso e frieza.
Deu uma aula de arbitragem, rompendo a barreira do preconceito.
Os dois clubes não queriam jogar.
Imploraram à Federação Paulista de Futebol o adiamento do confronto.
Por motivos justos.
O Corinthians, com um surto de covid-19, não pôde escalar oito jogadores.
O Palmeiras representará o futebol paulista na final da Copa do Brasil, domingo contra o Grêmio e precisava poupar seus atletas.
O que fizeram Vagner Mancini e Abel Ferreira?
Aproveitaram que a partida foi apenas pela segunda rodada do Campeonato Paulista e trataram de colocar seus garotos para ganharem experiência.
Com o peso de atuarem em um clássico.
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Os dois times improvisados, sem o menor entrosamento, com o gramado encharcado durante boa parte do jogo, o que se pôde tirar de proveito foi a disposição, a personalidade, a luta pelo resultado.
Corinthians e Palmeiras se espelhavam.
Atuavam no 4-3-3, com muita atenção na recomposição.
Sem a bola tratavam de jogar no 4-5-1.
Só que, como os jogadores jamais atuaram juntos, havia muito espaço para os ataques.
O Palmeiras saiu na frente.
Cantillo errou um passe fácil e perigoso no meio de campo. Danilo ficou com a bola e lançou Lucas Lima. Ele invadiu a área, driblou Gil e marcou um belo gol.
Palmeiras 1 a 0, aos cinco minutos de jogo.
Instintivamente, os corintianos passaram, imediatamente, a tentar marcar mais à frente, pressionar o rival.
E deixaram espaço para os contragolpes.
Resultado: logo aos 25 minutos, Gustavo Scarpa descobriu Willian, que cruzou para Gabriel Silva. O atacante foi mais rápido que Gil e tocou para as redes. 2 a 0 Palmeiras.
O Corinthians, com time menos técnico, se beneficiou do temporal que desabou, aos 30 minutos.
E, logo aos 35 minutos, Jemerson lançou a bola para a área, Jô ganhou a disputa com Luan e desviou para Mateus Vital descontar, 2 a 1.
No segundo tempo, com o gramado muito melhor, o Corinthians voltou mais ofensivo.
E não demorou a empatar.

O destaque foi Edina.
Ela seguiu firme, tranquila, com muita precisão na condução do jogo.
Mostrou que tem potencial para se firmar e apitar partidas importantes masculinas deste país.
Até a final do Paulista.
Como quer o presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos.
O primeiro teste pesado neste Paulista, ela passou.
Com louvor…
Com informações: Ge


