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Patixa Teló se perde em aeroporto de SP e equipe dela denuncia companhia aérea por falta de assistência

A influenciadora digital Patixa Teló, que tem Síndrome de Down e grande popularidade nas redes sociais, enfrentou uma situação de risco e abandono durante uma conexão no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), na noite deste domingo (16). Segundo denúncia feita por sua equipe, a companhia aérea Azul Linhas Aéreas falhou em fornecer a assistência obrigatória a passageiros com deficiência, resultando na perda do voo e na exposição da influenciadora a riscos dentro de um dos maiores terminais do país.

Patixa retornava de Goiânia para Manaus após realizar a implantação de uma prótese dentária. A viagem estava sendo acompanhada à distância por profissionais que cuidaram dela no período de tratamento. Eles afirmam que, ainda no embarque em Goiânia, a Azul garantiu atendimento integral e condução direta até o portão da conexão em Campinas. A orientação enviada foi clara: “ela precisa de total atenção”.

O compromisso, no entanto, não teria sido cumprido. Assim que desembarcou em Viracopos, Patixa foi deixada sozinha. Sem acompanhamento e sem orientação de funcionários da empresa, começou a caminhar pelo terminal em busca do portão de embarque. A equipe afirma que ela acabou se perdendo e passou por momentos de insegurança até que a situação fosse descoberta.

Em nota de repúdio, a equipe da influenciadora classificou o episódio como grave e denunciou o descumprimento da obrigação legal da companhia. Afirmou ainda que, além de violar normas federais, a Azul colocou em risco uma passageira em condição de vulnerabilidade.

“A companhia AZUL tem a responsabilidade legal de levar uma pessoa com deficiência e garantir sua acessibilidade e segurança. Eles prometeram que a levariam ao próximo embarque. E não foi isso que aconteceu”, diz o comunicado. A equipe reforça que Patixa não recebeu atendimento prioritário, não foi acompanhada até o embarque e precisou transitar sozinha em um aeroporto de grande porte, situação que classificam como “irresponsabilidade da companhia”.

A legislação citada na nota inclui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015) e a Lei nº 10.098/2000, que determinam normas de acessibilidade e proteção aos direitos das pessoas com deficiência. Ambas estabelecem que o transporte de passageiros com deficiência deve ocorrer com assistência adequada e sem qualquer forma de negligência. Quando a empresa deixa de cumprir essas obrigações, pode ser responsabilizada administrativamente e judicialmente.

 

A equipe de Patixa informou que pretende acionar órgãos competentes, como Procon e Ministério Público, para garantir que o caso seja investigado e que medidas sejam tomadas. A Azul ainda não se manifestou publicamente sobre o episódio.

 

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