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Perfil de mortos mantém pobres e homens como maiores vítimas

O Brasil é o segundo país no mundo em números de mortos pela covid-19. Desde o começo da pandemia, pesquisadores e médicos fazem levantamentos para traçar as particularidades das vítimas do SARS-CoV-2. A pandemia por aqui tem cara, sexo, raça, nível de escolaridade e classe social.

De acordo com Alexandre Biasi, diretor de Pesquisa e médico intensivista do HCor, o aumento das taxas de mortalidade não alterou o perfil dos doentes na primeira e na segunda ondas da pandemia. “É praticamente o mesmo de antes. Maioria de homens, na faixa dos 60 anos, com alguma comorbidade. Só aumentou a internação de pessoas entre de 40 e 50 anos, mas, na maioria dos casos, tem um fator de risco”, explica.

O coordenador do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, Jaques Sztajnbok também verificou um aumento de pessoas mais jovens. “Ainda não temos uma pesquisa compilada e não alterou, por enquanto, os dados do Centro de Contingência. Mas, por exemplo, cheguei a ter um paciente de 26 anos e um de 38 anos em estado muito grave. Isso chama a atenção, porque não víamos, em nenhum momento, pacientes tão jovens, graves e juntos na UTI.”

Complicações mais comum

A principal complicação nos pacientes com covid-19 e que acabam por causar a morte dos doentes continua sendo problemas respiratórios. Mas Jaques Sztajnbok explica que uma série de fatores geram esses distúrbios pulmonares. “O final comum é uma insuficiência respiratória, mas as causas podem ser: inflamatórias; uma sobreinfeccção, ou seja, os pacientes graves têm mais chance de ter novas infecções e fica com uma infecção grave em cima de outra que já era grave; trombose de vasos de qualquer lugar”, afirma o supervisor do Instituto de Infectologia Emílio Ribas.

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