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Pacu, curimatã e matrinxã: conheça 19 peixes que estão sob risco de extinção na Amazônia

Mais de 80 espécies de peixe estão estão sob risco de extinção na Amazônia. O bioma tem 180 espécies, em geral, que correm o risco de desaparecem do ecossistema, conforme informações do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção 2018, divulgado na sexta-feira (25), pelo Instituto de Conservação da Biodiversidade Chico Mendes (ICMBio).

Livro Vermelho da Fauna: Amazônia tem 180 espécies sob risco de extinção

O estudo contou com a participação de 1.270 pesquisadores. Dentre as espécies de peixe que estão ameaçadas, constam o Pacu, o Curimatã e o Matrinxã, conhecidos entre os consumidores do Norte.

O Curimatã, de nome científico Prochilodus britskii, é conhecido apenas da série-tipo, coletado na bacia do rio Arinos, a montante da primeira corredeira antes da confluência com o rio Juruena, drenagem do rio Tapajós, estado de Mato Grosso. Sua classificação é Em Perigo de extinção.

A principal ameaça atual é a perda de qualidade de habitat devido a mudança no uso do solo para fins agropecuários e urbanos (J.A.S. Zuanon, obs. pess.). Há a previsão de construção de pelo menos uma usina hidrelétrica no rio Arinos, o que poderá comprometer severamente o habitat da espécie.

Já o Pacu, de nome científico Mylesinus paucisquamatus, sofre com a perda e fragmentação do habitat de corredeiras. Dentre as atividades que alteram o habitat de corredeiras, se destacam o represamento dos rios para construção de usinas hidrelétricas e atividades mineradoras. Na bacia do rio Tocantins seis usinas hidrelétricas encontram-se em funcionamento ou já com a Licença de Operação concedida e quatro estão planejadas.

O matrinxã, também conhecido como piabanha, de nome científico Brycon gouldingi, sofre com a pesca esportiva e comercial. A bacia do rio Tocantins, onde vive grande parte da população, está sendo progressivamente modificada por barragens hidrelétricas.

 Veja 19 espécies da região que também compõe a lista vermelha, confira:

Espécie: Curimatã (Prochilodus britskii)

Situação: Em Perigo

Encontrado no Mato Grosso

Pacu (Mylesinus paucisquamatus)

 

Situação: Em Perigo

Encontrada no Pará, Tocantins e Goiás

Matrinxã (Brycon gouldingi)

Situação: Em Perigo

Encontrada no Pará, Mato Grosso, Tocantins e Goias

Pirapema ou camurupim (Megalops atlanticus)

 

Situação: Vulnerável

Encontrada no Amapá e Pará

Aracu (Leporinus pitingai)

Situação: Criticamente em Perigo

Encontrada no Amazonas

Aracu-boca-pra-cima (Sartor tucuruiense)

 

Situação: Em Perigo

Encontrada no Pará e em Tocantins

Gurijuba ou bagre (Sciades parkeri)

 

Situação: Vulnerável

Encontrado na costa no Amapá e Pará

Bacuzinho (Rhynchodoras xingui)

 

Situação: Em Perigo

Encontrada no Mato Grosso, Pará e Goias

Bagre (Aguarunichthys tocantinsensis)

Situação: Em Perigo

Encontrado no Pará, Tocantins, Mato Grosso e Goias

Acari ou cascudo (Baryancistrus longipinnis)

 

Situação: Criticamente em Perigo

Encontrada no Pará e Tocantins

Acari (Baryancistrus niveatus)

Situação: Criticamente em Perigo

Encontrada no Pará, Tocantins e Goias

Acari-Cachimbo (Harttia depressa)

Situação: Em Perigo

Encontrada no Amazonas

Alicate ou Cari-de-Unha (Hopliancistrus tricornis)

 

Situação: Em Perigo

Encontrada no Pará

Cascudo-zebra-imperial, acari-zebra, zebrinha, cascudo-zebra (Hypancistrus zebra)

Situação: Criticamente em Perigo

Encontrada no Pará

Acari-Vampiro (Leporacanthicus joselimai)

Situação: Vulnerável

Encontrada no Pará

Cascudo-Tigre-Ouro (Peckoltia compta)

 

Situação: Em Perigo

Encontrada no Pará

Garoupa-São-Tomé (Epinephelus morio)

Situação: Vulnerável

Encontrada na costa do Amapá até Santa Catarina

Joana (Crenicichla cyclostoma)

Situação: Criticamente em Perigo

Encontrada no Pará e Tocantins
Com informações: Portal amazônia.