Após um domingo com diversos ataques incendiários em reação ao assassinato de um líder do tráfico pela Polícia Militar, Manaus terá uma segunda-feira com diversos serviços públicos suspensos por medida de segurança, inclusive o transporte público.
O Sinetram (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amazonas) anunciou neste domingo (6) que a operação do transporte coletivo ficará suspensa na manhã desta segunda (7) em Manaus. Ônibus foram depredados e incendiados durante os ataques, o que motivou o recolhimento da frota.
A prefeitura também anunciou que todas as escolas da rede municipal de ensino estarão fechadas.
Também foi suspenso o atendimento ao público na sede da secretaria municipal de Administração, Planejamento e Gestão e em órgãos ligados à secretaria municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação.
Quem precisar de atendimento social em locais como os Cras (Centros de Referência de Assistência Social), cozinhas comunitárias e o restaurante popular do bairro Compensa também encontrará as portas fechadas. Nenhum deles vai abrir nesta segunda.
As medidas de segurança afetarão as unidades de saúde, apesar da pandemia. As unidades básicas de saúde, as clínicas da família e os demais centros de atendimento têm previsão de começar a funcionar apenas às 11h desta segunda, o que inclui a vacinação contra Covid-19.
Outro atendimento adiado é a entrega de documentos pra 11 mil candidatos classificados no programa Bolsa Universidade. A entrega começaria nesta segunda, mas foi transferida para terça-feira (8).
O Tribunal de Contas do Amazonas suspendeu a volta ao trabalho presencial até que a situação seja normalizada. A Assembleia Legislativa funcionará de forma remota até que seja possível voltar às atividades presenciais com segurança. A Câmara Municipal suspendeu as atividades parlamentares e administrativas neste início de semana.
Os ataques, realizados por integrantes da facção criminosa CV (Comando Vermelho), tiveram como alvos ônibus do transporte público, agências bancárias, viaturas policiais, uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e a rotatória Umberto Calderaro Filho, conhecida como “bola das letras”, que havia sido inaugurada há quatro dias.
O prefeito David Almeida (Avante) defendeu neste domingo que o governo do Estado peça a presença do Exército nas ruas de Manaus.
Colaboração Folha de São Paulo


