A Justiça do Amazonas negou o pedido de liberdade de Ademar Cardoso, irmão da ex-sinhazinha Djidja Cardoso, encontrada morta no fim do mês de maio, em Manaus.
O juiz Celso de Paula, titular da 3ª Vara Especializada em Crimes de Uso e Tráfico de Entorpecentes (Vecute) destacou que não foi identificado a motivação que justificasse a revogação da prisão de Ademar.
“Outrossim, atesto que o feito está tramitando eficientemente e celeremente, na medida da complexidade e peculiaridades da causa, respeitando-se os ditames dos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, não havendo desídia deste Juízo em proceder com o andamento processual”, diz a decisão.
A decisão também aponta que o Ministério Público tinha dado parecer favorável a soltura de Ademar Cardoso para que pudesse responder o processo em liberdade, mas, com algumas restrições. Entre elas, não sair da cidade e não se comunicar com os envolvidos no caso.
Caso Djidja
A Polícia Civil do Amazonas descobriu que a mãe e o irmão da ex-sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso, lideravam uma seita religiosa, denominada “Pai, Mãe, Vida”.
De acordo com a investigação, eles eram responsáveis por fornecer e distribuir a substância ketamina, além de incentivar e promover o uso da droga de forma recreativa. Os dois foram presos em Manaus, junto com funcionárias do salão beleza Belle Femme, que ajudavam a manter a organização.
Segundo o inquérito policial, Ademar Cardoso (irmão de Djidja) era o líder da seita e acreditava ser Jesus, enquanto sua mãe Cleusimar seria Maria. Djidja Cardoso, que faleceu, seria Maria Madalena.
Ademar utilizava o livro “Cartas para Cristo” como um “manual” para suas práticas, defendendo que o uso de ketamina, drogas alucinógenas e meditação poderia levar ao autoconhecimento e experiências espirituais profundas.
Os investigadores realizaram uma operação no salão de beleza Belle Femme e apreenderam frascos de ketamina (também escrita como cetamina ou quetamina), um anestésico de uso humano e veterinário que se tornou uma droga ilícita na década de 1980.
*Com informações EM TEMPO