Foto: Cláudio Marques
Uma carreata pró-impeachment do presidente Jair Bolsonaro, organizada por partidos da oposição, chegou ao centro da capital federal na manhã deste sábado, 23. Os pedidos de vacina e de afastamento do chefe do Executivo foram a tônica do ato em Brasília, marcado por críticas aos atrasos na imunização da população contra a covid-19.
Nas redes sociais, políticos da oposição divulgaram o evento. De acordo com a assessoria da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), cerca de 500 veículos participaram do protesto. O Batalhão de Trânsito da PM fez o acompanhamento do ato e nenhuma ocorrência havia sido registrada até a publicação deste texto.
O comboio de carros trazia faixas da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e de partidos como Rede, PT, Psol e PSTU. Ao som de buzinas, manifestantes pediram o fim da gestão do presidente da República. “Acabou, acabou! Vai embora (Bolsonaro), leva toda a sua gangue”, gritou uma manifestante. A fila de carros saiu da Torre de TV de Brasília e passou pela Esplanada dos Ministérios e por vias secundárias que cruzam a capital de norte a sul.
Na avaliação do porta-voz do partido Rede Sustentabilidade no DF, Ádila Lopes, a mobilização deste sábado foi um “esquenta” para o ato previsto para o dia 31 de janeiro – na véspera das eleições para a presidência da Câmara e do Senado.
Para Lopes, o apoio de movimentos de direita ao impeachment de Bolsonaro mostra uma oportunidade de convergência em prol da democracia. “Quando você chega a situações delicadas como a que a gente tem, essas movimentações tendem a ir caminhando para um funil, de modo que em algum momento se encontrem”, disse.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que também marcou presença na carreata, convocou a população a manter as cobranças pela saída do presidente da República em manifestações, panelaços e pressão nas redes sociais. “Para aqueles que dizem que colocar o impeachment agora é gerar instabilidade no Brasil, nós temos que responder que a instabilidade já está acontecendo e a crise está grave. E a instabilidade tem nome: Jair Bolsonaro”, declarou.
Com informações: Estadão conteúdo