A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação, Mayra Pinheiro, afirmou à CPI da Covid que o Ministério da Saúde elaborou orientação para uso de medicamentos, entre esses a cloroquina, para o tratamento da Covid-19. Mayra também confirmou ter informado à Secretaria de Saúde do Amazonas que era “inadmissível” não adotar a orientação da pasta.
A secretária foi questionada sobre o tema pelo relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL). O senador leu trecho de um ofício encaminhado ao Amazonas no qual estimulava a gestão municipal a usar as drogas orientadas pelo Ministério da Saúde.
“Aproveitamos a oportunidade para ressaltar a comprovação científica sobre o papel das medicações antivirais orientadas pelo Ministério da Saúde tornando dessa forma inadmissível diante da gravidade da situação de saúde em Manaus a não adoção da referida orientação”, diz trecho do documento lido por Renan.
Mayra ainda afirmou à CPI que a diretriz do ministério não valia apenas para os médicos amazonenses.
“A orientação para tratamento precoce é para todos os médicos brasileiros, não só para Manaus”, disse a secretária.
‘Capitã Cloroquina’
Em depoimento à CPI da Covid, a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, afirmou que fica incomodada com o apelido ‘capitã cloroquina’, mas indicou que o problema estaria na patente do Exército.
“Apenas não acho o termo adequado, porque não sou uma oficial de carreira militar. Sou uma médica conceituada no meu estado. Então prefiro ser chamada de Mayra Pinheiro”, afirmou, após ser questionada pela senadora Eliziane Gamas (Cidadania-MA).
Com informações: FolhaPress