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“Desinformação é problema de desigualdade social”, diz jornalista brasileira premiada por combate às fake news

A brasileira Natália Leal recebe hoje (9/11) o Prêmio Knight Internacional de Jornalismo 2021, um dos mais importantes reconhecimentos da imprensa global.

A escolha de uma jornalista dedicada ao combate à desinformação e às fake news – ela dirige a agência de checagem de fatos Lupa – mostra a dimensão do problema no Brasil, que chamou a atenção do ICJ (International Center for Journalists), responsável pela escolha de Leal.

Ao anunciar a indicação, o ICJ destacou o trabalho da jornalista e da equipe da Lupa por mostrar a desinformação compartilhada por figuras políticas no país, dentre elas o presidente Jair Bolsonaro. A minimização da Covid-19 mesmo com o alto número de mortos foi citada na indicação.

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Fake news, impacto na vida cotidiana

O prêmio será entregue em uma cerimônia online, devido às restrições de viagem para os Estados Unidos impostas pela pandemia.

Para Natália Leal, que é CEO da Lupa, a situação da desinformação no Brasil é grave, por ter impacto na vida cotidiana.

“As mais de 600 mil mortes por Covid-19, influenciadas por campanhas de desinformação contra a vacina e um esforço constante de minimização do problema que vimos por parte de políticos e mesmo do Executivo federal são a prova do tamanho do problema que temos aqui.”

A Lupa realizou mais de 700 verificações de fatos sobre a pandemia, desmascarando rumores como o de que caixões vazios estavam sendo enterrados para tornar a pandemia mais grave e de que mais pessoas morreram no Brasil em 2019 do que em 2020.

Em dezembro de 2020, Natália participou de um webinar ao lado do médico Dráuzio Varella e do diretor da organização Repórteres sem Fronteiras no Brasil e defendeu que o lucro com fake news deveria ser punido como crime organizado.

 

Fonte: UOL

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