O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, voltou a Manaus nesta sexta-feira (12), para acompanhar o enfrentamento à crise sanitária instalada no Amazonas. Essa é a terceira vez que Pazuello cumpre agenda na capital amazonense no intervalo de um mês.
Pazuello desembarcou na capital na noite desta sexta. O governador Wilson Lima publicou uma foto, nas redes sociais, afirmando já que se reuniu com o ministro para alinhar a execução do “Plano de Aceleração da Vacinação na Amazônia”, que deve começar pelo estado. A agenda de Pazuello ainda não foi divulgada.
O ministro é alvo de inquérito da Polícia Federal que investiga se houve omissão dele em relação ao colapso no Amazonas.
Inquérito
Pazuello é alvo de inquérito que investiga se houve omissão do ministro em relação à crise sanitária no Amazonas. Na semana passada, ele prestou depoimento à Polícia Federal.
O inquérito foi aberto por determinação do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), que atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República.
No pedido do inquérito, a PGR argumentou que o Ministério da Saúde recebeu informações sobre um possível colapso do sistema de saúde na capital do Amazonas ainda em dezembro, mas só enviou representantes ao estado em janeiro deste ano.
Ele esteve em Manaus no dia 13 de janeiro e voltou a Brasília, um dia antes da capital vivenciar cenas de caos por falta de oxigênio nos hospitais. Ele voltou no dia 23, após pedido de investigação sobre sua conduta diante da crise.
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O estado enfrenta a segunda onda da Covid-19, e alcançou tristes recordes de mortes, casos e internações por Covid no mês de janeiro. O sistema de saúde entrou em colapso por superlotação e falta de oxigênio, e pacientes com Covid estão sendo transferidos para atendimento em outros estados.
Pazuello chegou em Manaus na noite desta sexta, por volta de 21h. Segundo assessoria, ele deve cumprir agenda na capital amazonense até quarta-feira (17).
Ele anunciou, por meio de assessoria, que fará reuniões com o governador Wilson Lima, prefeitos, visitará as obras das usinas de oxigênio e supervisionará as equipes do Ministério da Saúde que prestam apoio, por exemplo, à transferência de pacientes para outros estados.