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Ex-presidentes e autoridades de 27 países temem insurreição no Brasil

Ex-presidentes, parlamentares e autoridades de 27 países, incluindo o Brasil, assinam carta divulgada nesta segunda-feira (6/9) que coloca em alerta as manifestações pró-Bolsonaro marcadas para este 7 de Setembro.

Os 165 signatários apontam para possível insurreição que “colocará em perigo a democracia no Brasil”.

Eles também avaliam que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem intensificado ataques às instituições democráticas e ameaçado cancelar as eleições presidenciais de 2022.

“Agora, Bolsonaro convoca seus apoiadores para viajar a Brasília em 7 de setembro, num ato de intimidação das instituições democráticas do país.”

Assinam o manifesto os ex-presidentes Ernesto Samper, da Colômbia; Fernando Lugo, do Paraguai; Rafael Correa, do Equador; Martín Torrijos, do Panamá; o ex-primeiro ministro da Espanha José Luis Rodriguez Zapatero; entre outros.

“Nós, representantes eleitos e líderes de todo o mundo, soamos o alarme: Em 7 de setembro de 2021, uma possível insurreição colocará em perigo a democracia no Brasil.

Neste momento, o Presidente Jair Bolsonaro e seus aliados — incluindo grupos supremacistas brancos, a polícia militar e funcionários públicos em todos os níveis de governo — estão preparando uma marcha nacional contra o Supremo Tribunal Federal e o Congresso em 7 de setembro, aumentando os temores de um golpe de Estado na terceira maior democracia do mundo.

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Bolsonaro tem intensificado seus ataques às instituições democráticas do Brasil nas últimas semanas. Em 10 de agosto, ele organizou um desfile militar sem precedentes pela capital, Brasília, e seus aliados no Congresso impulsionaram reformas radicais no sistema eleitoral do país, amplamente considerado um dos mais confiáveis do mundo. Bolsonaro e seu governo têm — repetidamente — ameaçado cancelar as eleições presidenciais de 2022 se o Congresso não aprovar essas reformas.

Agora, Bolsonaro convoca seus apoiadores para viajar a Brasília em 7 de setembro, num ato de intimidação das instituições democráticas do país. De acordo com uma mensagem compartilhada pelo presidente em 21 de agosto, a marcha está em preparação para um ‘necessário contragolpe’ contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal. A mensagem afirmava que a ‘Constituição comunista’ do Brasil havia retirado o poder de Bolsonaro, e acusava o ‘Poder Judiciário, a esquerda e todo um aparato, inclusive internacional, de interesses escusos’ ao conspirar contra ele.

Parlamentares do Brasil advertem que a mobilização de 7 de setembro tem sido moldada pela insurreição na capital dos EUA em 6 de janeiro de 2021, quando o então presidente Donald Trump incitou seus partidários a ‘parar o roubo’ com falsas alegações de fraude eleitoral nas eleições presidenciais de 2020.

 

Fonte: Metrópoles

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