O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira (25) que não vê problemas para atravessar o atual momento da inflação, com o aumento das contas de luz e o comprometimento do orçamento das famílias.
“Se no ano passado, que era o caos, nós nos organizamos e atravessamos, por que nós vamos ter medo agora? Qual o problema agora que a energia vai ficar um pouco mais cara porque choveu menos? Ou o problema agora é que tá tendo uma exacerbação porque anteciparam
as eleições? Tudo bem, vamos tapar o ouvido, vamos atravessar”, afirmou Guedes nesta quarta-feira (25).
Para o ministro, o debate “vai causar perturbação”, porque empurra a inflação um pouco para cima e o BC (Banco Central) “tem que correr um pouco mais atrás” da meta, avaliou Guedes no lançamento da Frente Parlamentar do Empreendedorismo.
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Guedes disse que a economia brasileira está “vindo com toda a força” após a crise causada pela pandemia da covid-19, mas admitiu que “há, sim, nuvens no horizonte”. “Temos a crise hídrica forte pela frente, mas a economia brasileira está furando as ondas”, disse.
A crise hídrica levou o governo a anunciar nesta quarta-feira (25) medidas para redução do consumo de energia para toda a administração pública federal. O decreto presidencial editado determina a redução do consumo de eletricidade desses órgãos entre 10% e 20% em relação ao consumo do mês nos anos de 2018 e 2019, ou seja, antes do período pré-pandemia
Além disso, o governo está pedindo que a sociedade e indústrias façam um esforço pela economia de energia e evitem desperdícios. Quem economizar terá conta menor a pagar e uma premiação pela redução do consumo.
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Pressionada pelo aumento da conta de luz, a inflação acumulada em 12 meses chegou à marca de dois dígitos em quatro capitais do País no IPCA-15 de agosto: Porto Alegre (10,37%), Goiânia (10,67%), Fortaleza (11,37%) e Curitiba (11,43%). Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira.
Durante a solenidade, Guedes apresentou dados da economia brasileira, destacando ganhos com as reformas feitas para controlar gastos. “Logo no primeiro ano (de governo), mostramos que viemos para controlar as despesas públicas”, afirmou.
Fonte: R7


