Uma decisão da Justiça Federal em Pernambuco alterou o curso da Operação Integration, nesta terça-feira (9), ao revogar o bloqueio de bens dos investigados, entre eles a advogada e influenciadora Deolane Bezerra e Darwin Filho, CEO da Esportes da Sorte.
A medida foi tomada pelo juiz federal Cesar Arthur Cavalcanti de Carvalho, da 13ª Vara, depois de quase um ano de imposição das restrições patrimoniais e pessoais.
A revogação atendeu a um pedido dos advogados Ademar Rigueira, Nabor Bulhões, Vinícius Rocha e Marcelo Bulhões, que representam Darwin Filho.
“Revogo todas as medidas cautelares de caráter pessoal e patrimonial impostas aos investigados no âmbito da Operação Integration”, diz um trecho da decisão do magistrado.
O juiz citou como motivos para a decisão o estágio inicial da investigação na Justiça Federal, a ausência de manifestação do Ministério Público Federal e o tempo decorrido desde a decisão anterior da 12ª Vara Criminal da Capital, que havia imposto medidas cautelares, como prisão preventiva, suspensão de passaporte e bloqueio de bens.
O magistrado também destacou “o pedido de arquivamento parcial do inquérito pelo Ministério Público do Estado de Pernambuco (MPPE)”.
No decorrer do processo, o MPPE teve uma série de divergências com a juíza Andréa Calado, anteriormente responsável pelo caso.
Em julho deste ano, o caso migrou para a Justiça Federal depois que a juíza Andrea Calado da Cruz, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, reconheceu a incompetência da esfera estadual.
A ação policial, iniciada em setembro de 2024, investiga suposta lavagem de dinheiro relacionada a atividades ilícitas, incluindo a exploração de jogos de azar.
Deolane nega as acusações
Deolane nega as acusações de lavagem de dinheiro e ligação com o crime organizado. “Eu confesso que acredito no Judiciário, mais ainda em Deus, porque Ele nunca soltou minha mão”, disse Deolane pelas redes sociais, em junho deste ano.
A influenciadora também falou sobre o período em que ficou presa. “Não é a primeira vez que sou ridicularizada em público”, afirmou.
“Foram 20 dias muito difíceis. Pior momento quando vi que não voltaria para perto da minha mãe. Ser ex-presidiária dói, ainda mais se foi por injustiça.”
Fonte: D24am.