Você já ouviu alguém falar que toma melatonina para dormir? Por vezes, ela é vista como um remédio, mas a melatonina é, na verdade, um hormônio produzido pelo nosso próprio organismo. Em algumas situações, o que ocorre é a suplementação desse hormônio. Mas atenção: ela só deve ser tomada com orientação médica
Outro erro quando o assunto é melatonina é classificá-la como hormônio do sono. A melatonina é o hormônio que prepara o nosso corpo para dormir. Essa produção é sempre noturna. Por isso, ela pode ser considerada um hormônio da escuridão.
“A melatonina só é produzida na ausência de estímulo luminoso. Ela informa o nosso corpo de que é noite e que o processo de dormir pode ser iniciado”, diz Sandra Doria, pesquisadora do Instituto do Sono.
José Cipolla Neto, professor de fisiologia no Instituto de Ciências Biomédicas da USP e pesquisador sobre os efeitos fisiológicos e mecanismos de ação da melatonina, explica que a substância é responsável por todas as mudanças no nosso corpo para o período de repouso.
“Ela sinaliza para o nosso sistema nervoso, portanto, o nosso organismo como um todo, que acabou o dia e começou a noite. Ou seja, ela é a grande responsável por todas as mudanças fisiológicas do nosso organismo para o período diário de repouso – sono, mudanças metabólicas, cardiovasculares, respiratórias, digestoras, endócrinas e imunológicas, todas elas típicas do repouso humano”.
A melatonina teve a comercialização liberada no Brasil em 2021 pela Anvisa. Ou seja, a substância pode ser encontrada em farmácias e ser vendida sem a necessidade de prescrição médica. De acordo com a Anvisa, ela está liberada para pessoas com idade igual ou maior que 19 anos e para o consumo máximo diário de 0,21 mg.
Especialistas reforçam que, mesmo com a venda liberada no país, a melatonina só deve ser usada com indicação médica.
Com informações: G1