A investigação sobre o acidente entre ônibus e caminhão que deixou 42 mortos em uma rodovia de Taguaí (SP), em 25 de novembro do ano passado, não identificou falha nos freios do ônibus envolvido na tragédia. O laudo foi divulgado em reportagem do Fantástico, da TV Globo, exibida no domingo (21/2).
Segundo a reportagem, peritos do Instituto de Criminalística de São Paulo também não encontraram buracos ou deformações que pudessem ter provocado o acidente na rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho.
A delegada responsável pela investigação afirmou a TV Globo que “houve uma ultrapassagem em local proibido”, o que teria sido “uma ação deliberada do motorista”.
O acidente ocorrido no interior de São Paulo é o maior no Brasil desde 2015 e o sexto maior da história do país. Os óbitos aconteceram depois que um ônibus transportando funcionários de uma empresa têxtil colidiu com um caminhão na Rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho, entre os municípios de Taguaí (SP) e Taquarituba (SP).
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De acordo com a reportagem, a conclusão do laudo foi de que “mangueiras, válvulas e demais componentes estavam íntegros e não foram encontrados vestígios que indicassem falha no sistema de freios”.
“Infelizmente, nesse acidente, houve uma falha humana. Não havia falha no freio. Houve uma ultrapassagem em local proibido de fato, que foi uma ação deliberada do motorista”, afirmou a delegada Camila Rosa Alves
Depoimento
Em seu depoimento, o motorista afirmou não ter desviado o ônibus para a direita porque pensou que havia uma ribanceira naquele trecho, mas não há. Porém, as informações reveladas no laudo apontam que o motorista poderia ter desviado para a direita se a intenção dele não fosse fazer uma ultrapassagem. A investigação também concluiu que, como o motorista fazia o mesmo percurso há oito anos e conhecia bem a rodovia.
A investigação já havia concluído que o ônibus estava acima da velocidade permitida, atrás de outro coletivo e de um caminhão, em uma curva onde é proibido ultrapassar. O veículo atingiu 89 km/h, enquanto a velocidade máxima na rodovia era de 80 km/h. Ao todo, 27 pessoas foram ouvidas no caso.
O inquérito policial deve ser concluído em breve e encaminhado ao Ministério Público do estado.
Com informações : Metrópoles