Pressionado pelo MP-AM (Ministério Público do Amazonas) e DPE (Defensoria Pública do Estado), o prefeito Anderson Sousa, de Rio Preto da Eva (a 58 quilômetro de Manaus), decidiu cancelar a festa de Réveillon e o evento religioso ‘Marcha para Jesus’ que aconteceria no município. O prefeito atendeu pedido do Ministério Público e considerou a situação de emergência que passa a capital Manaus, com taxas de ocupações em 100% nos hospitais públicos e privados, por pacientes com Covid-19.
“Nós entendemos, o Ministério Público tem conversado conosco, entrou com pedido junto a comarca para que pudesse suspender o evento. Sabemos que cada município vive sua realidade, mas entendemos que Manaus, em função de não estar tendo eventos, não estar tendo atividades, (as pessoas) vão vir para Rio Preto e poderá justamente ter uma contaminação em massa e diante desse aspecto vamos suspender o evento”, justicou o prefeito em live no Facebook.
O prefeito anunciou que vai publicar um novo decreto suspendendo os eventos e estabelecendo um toque de recolher de meia noite até seis horas da manhã. Sousa teme que manauaras viagem até Rio Preto para realizarem festas. “Vamos reeditar o decreto hoje (terça-feira, 29)e estaremos colocando três pontos: retirar os dois eventos, colocar manutenção dos bares e restaurantes e estaremos colocando o toque de recolher à meia noite até às seis, não iremos permitir nenhum evento em massa, para evitar que aas pessoas venham de Manaus e fiquem em festas”, disse.
Segundo o prefeito, os ajustes são para que a população compreenda a situação do estado e para reduzir a contaminação do vírus. Souza também explicou que deve manter comércio, restaurantes e bares abertos, por entender que os empregos devem ser mantidos no município.
“Tivemos a oportunidade ontem de ouvir o presidente Bolsonaro que fez muitas colocações e entre elas está que a partir de janeiro não teremos mais recursos de auxilio para as famílias carentes e as pessoas precisam sobreviver . Nisso há necessidade de atividade de trabalho e para isso é necessário continuarmos as atividades”, disse.