MANAUS (AM) – A trajetória de João Paulo Maciel, de 19 anos, foi interrompida durante uma ação da Polícia Militar no beco Arthur Virgílio, no bairro Vila da Prata, Zona Oeste de Manaus, no final de outubro. Enquanto a corporação afirma ter reagido a tiros durante operação contra o tráfico, a família contesta a versão e descreve o jovem como trabalhador e sem envolvimento com criminalidade. Pela suspeita de execução, o caso agora é investigado pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM).
“Acordava às 5h para trabalhar comigo”, recorda Fernando Marques dos Santos, pai de João Paulo, destacando que o filho atuava como seu ajudante de pedreiro desde os 12 anos. No dia da morte, o jovem teria saído de casa após o trabalho para encontrar amigos e jogar videogame. “Disse: ‘Pai, vou ali jogar e já volto’. Nunca mais voltou”, relata o pai.

A operação foi deflagrada após denúncia anônima sobre venda de drogas no local. De acordo com a PM, os agentes foram recebidos a tiros e revidaram a agressão, resultando na apreensão de arma, munições e entorpecentes.


