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Trabalhadora doméstica é resgatada após 22 anos em condições análogas à escravidão em Manaus

Uma mulher de 34 anos foi resgatada no último dia 5 de junho de uma situação de trabalho doméstico análogo à escravidão em uma residência de alto padrão no bairro Ponta Negra, zona oeste de Manaus (AM). A ação foi conduzida por uma força-tarefa formada por agentes do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT), Polícia Federal (PF) e Defensoria Pública da União (DPU).

Segundo as investigações iniciadas em 27 de maio, a trabalhadora estava submetida a jornadas exaustivas, sem registro em carteira, remuneração mínima ou condições básicas de dignidade. Ela vivia em um quarto precário, sem ventilação adequada, guarda-roupa ou higiene mínima, e relatou trabalhar descalça e, em certos períodos, sem acesso a produtos básicos de higiene, como xampu.

A mulher começou a prestar serviços para a família aos 12 anos de idade, sob a promessa de que teria acesso à educação e um ambiente saudável. No entanto, passou os últimos 22 anos realizando trabalho doméstico e ajudando na produção de doces comercializados por seus empregadores, recebendo apenas comida, moradia e pagamentos esporádicos sob o argumento de que “fazia parte da família”. Ela nunca frequentou a escola.

Após o resgate, a vítima foi acolhida e recebeu atendimento psicossocial oferecido pela Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), além de retornar ao convívio com seus familiares biológicos.

Desde a criação dos Grupos Especiais de Fiscalização Móvel em 1995, mais de 65 mil trabalhadores já foram resgatados de condições semelhantes no Brasil. Casos de trabalho escravo podem ser denunciados de forma sigilosa pelo Sistema Ipê (https://ipe.sit.trabalho.gov.br), mantido pelo MTE em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Fonte: AM POST. 

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