Manaus – Entre os mortos da Operação Contenção, no Rio de Janeiro, que foram identificados e divulgados pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, estão nove suspeitos de ligação com o Comando Vermelho (CV) no Amazonas. Entre eles, estão “Chico Rato” e “Gringo”, apontados como os chefes da facção no Estado.
Ao todo, são nove suspeitos naturais do Amazonas, mas apenas seis nome foram divulgados até o momento. Os mortos que tiveram os nomes divulgados são: Francisco Myller Moreira da Cunha, conhecido como “Gringo” ou “Suíça”, Douglas Conceição de Souza, o “Chico Rato”, Waldemar Ribeiro Saraiva, o “Fantasma”, Hito José Pereira Bastos, o “Dimas”, Lucas Guedes Marques, Cleideson Silva da Cunha, o “Loirinho”.

Os três nomes que são do Amazonas ainda não foram oficialmente detalhados pelas autoridades. De acordo com a nota distribuída à imprensa, “mais de 95% dos identificados tinham ligação comprovada com o Comando Vermelho e 54% eram de fora do estado. Apenas dois laudos resultaram em perícias inconclusivas.”
As fichas criminais dos suspeitos apontam crimes como roubop, tráfico de drogas e execuções.
Douglas Conceição de Souza, o “Chico Rato”
Apontado pela polícia do Rio de Janeiro como um dos principais líderes do tráfico de drogas no bairro Tancredo Neses, Manaus, Douglas Conceição de Souza, conhecido como “Chico Rato”, possui um histórico com três anotações criminais e tinha mandado ativo.
Em 2019, Chico Rato foi sentenciado a 40 anos de prisão pelo assassinato dos irmãos Isaías e Hilmes Rabelo.
Mesmo cumprindo pena em regime semiaberto, ele conseguiu escapar e se integrar ao Comando Vermelho (CV), ampliando sua atuação para fora do Amazonas.
De acordo com investigações da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), mantinha contato direto com João Branco, ex-comandante da Família do Norte (FDN).
Francisco Myller Moreira da Cunha, o “Gringo”
Natural de Eirunepé (a 1.160 quilômetros a sudoeste de Manaus), Francisco Myller completou 32 anos um dia antes da operação.
De acordo com a Justiça do Amazonas, o criminoso estava foragido desde abril de 2024, quando um mandado de prisão foi expedido após sua condenação a 34 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de homicídio e organização criminosa.
Segundo o inquérito policial, no dia 8 de agosto de 2021, o criminoso e outras cinco pessoas invadiram a casa de Samuel Paz de Andrade e o executaram com vários tiros. A vítima dormia em seu quarto quando o crime ocorreu. A motivação teria sido uma briga entre facções criminosas.
Cleideson Silva da Cunha, o “Loirinho”
O histórico criminal de Cleideson Silva da Cunha, conhecido como “Loirinho”, é marcado por crimes violentos e ações contra o patrimônio.
Procurado pelas autoridades, Loirinho respondia por assaltos a casas lotéricas e também por um homicídio cometido com extrema brutalidade.
Ele é apontado como um dos envolvidos em uma execução ocorrida em um condomínio de Manaus, onde a vítima foi alvejada por mais de 40 tiros, episódio que causou grande repercussão em Manaus.
Hito José Pereira Bastos, conhecido como “Dimas”
Já havia sido registrado por homicídio e envolvimento com tráfico de drogas.
Waldemar Ribeiro Saraiva, apelidado de “Fantasma”
Contava com antecedentes relacionados ao tráfico de entorpecentes.
Possuía histórico criminal relevante, segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, embora os detalhes não tenham sido divulgados até o momento.
A Polícia Civil descreve que 97 das pessoas mortas “apresentavam históricos criminais relevantes”. Entre os mortos, 59 tinham “mandados de prisão pendentes.” O comunicado oficial admite que outras 17 “não apresentaram histórico criminal”, mas segundo as investigações posteriores, “12 apresentaram indícios de participação no tráfico em suas redes sociais.”
A lista nomina as pessoas mortas como “neutralizados” e assinala que 62 desses são de outros estados: “19 do Pará, 9 do Amazonas, 12 da Bahia, 4 do Ceará, 2 da Paraíba, 1 do Maranhão, 9 de Goiás, 1 de Mato Grosso, 3 do Espírito Santo, 1 de São Paulo e 1 do Distrito Federal.”
Fonte: D24am


