MANAUS (AM) – O vereador Sargento Salazar (PL), ex-policial militar, deverá prestar depoimento no dia 9 de setembro no Tribunal do Júri do Amazonas, onde responde por homicídio qualificado. O caso refere-se à morte de Felipe Kevin de Oliveira Costa, ocorrida em junho de 2019, após uma perseguição que terminou em tiros.
De acordo com a acusação do Ministério Público do Amazonas (MPAM), Salazar, que estava fora de serviço na ocasião, teria perseguido dois jovens suspeitos de roubo em uma motocicleta. Após a colisão do veículo, o então policial militar efetuou seis disparos contra Felipe Kevin, que já estava caído no chão.
O Ministério Público argumenta que o ex-PM agiu como “justiceiro”, excedendo os limites da legítima defesa. O caso só começou a ser investigado profundamente mais de 18 meses após o crime.
Em dezembro de 2020, Salazar compareceu à Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) e reconheceu-se nas imagens de segurança como autor dos disparos, que haviam sido divulgados pela imprensa.
As investigações revelaram que a vítima não tinha passagem pela polícia e que a testemunha do roubo não reconheceu Felipe como o autor do crime. As características físicas do autor do crime também não coincidiam com a da vítima.
O julgamento, previsto para setembro, pode definir o futuro do vereador, que mantém seu mandato na Câmara Municipal de Manaus mesmo como réu. A defesa de Salazar afirma que ele agiu em legítima defesa e para proteção social, negando qualquer intenção de execução.
*Fonte: EXPRESSO AM