A agência de notícias Reuters incluiu o arcebispo metropolitano de Manaus, Dom Leonardo Steiner, de 74 anos, entre os nomes considerados possíveis sucessores do Papa Francisco. Ele é primeiro cardeal da região amazônica, e a escolha indicava a preocupação de Francisco com os povos indígenas e o meio ambiente.
Dom Leonardo foi nomeado cardeal em 2022 pelo próprio Papa Francisco, tornando-se o primeiro representante da região amazônica no Colégio Cardinalício. Sua nomeação refletiu a preocupação do pontífice com os povos indígenas, o meio ambiente e os desafios enfrentados na Amazônia.
Voz ativa em defesa da Amazônia e dos povos tradicionais
A presença de Dom Leonardo no futuro conclave é vista como estratégica para inserir pautas da floresta e das comunidades tradicionais nas discussões sobre os rumos da Igreja. Ele tem atuado como defensor do diálogo entre a fé e as urgências ambientais, além de ser uma liderança respeitada dentro e fora do Brasil.
Em coletiva recente realizada em Manaus, Dom Leonardo afirmou que, embora exista a possibilidade de um Papa brasileiro, ele próprio não se vê como uma das opções mais prováveis.
“Nós ainda deveremos receber algum comunicado [para o conclave] (…). Ainda não temos as informações necessárias do dia do sepultamento e, também, ainda não sabemos onde iniciarão as sessões do diálogo, que normalmente acontecem antes da eleição”, explicou.
Brasileiros entre os papáveis
Além de Dom Leonardo, outros dois brasileiros também aparecem entre os nomes cogitados para o próximo papado. Dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, e Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, integram a lista divulgada pela revista italiana L’Espresso.
A escolha do próximo Papa será decidida em conclave após a morte ou renúncia do atual pontífice. Até lá, especulações como essa reforçam o papel do Brasil no centro das decisões da Igreja Católica.
*Fonte: EM TEMPO