Conhecido por ser uma das principais causas de morte no Brasil, o acidente vascular cerebral (AVC) acontece quando há uma interrupção do fluxo sanguíneo no cérebro. É comum achar vídeos nas redes sociais associando o consumo de água de manhã a um menor risco do aparecimento da condição, mas será que é verdade?
De acordo com a neurologista Natalia Nasser Ximenes, do Hospital Santa Lúcia, em Brasília, embora ainda não existam grandes estudos que comprovem de forma definitiva que a hidratação com água previna o AVC, algumas pesquisas menores sugerem que há relação entre os dois fatores.
Nos estudos, observou-se que pacientes que ingeriam pelo menos 2 litros de água por dia apresentavam menor incidência de AVC do que aqueles que bebiam menos de 1,6 litro ao dia.
A possível explicação para esse resultado é que uma hidratação adequada reduz a atividade plaquetária, o que diminui a tendência do sangue a formar coágulos, um dos principais fatores de risco para o AVC isquêmico, por exemplo.
Para adultos saudáveis em condições normais, a recomendação é ingerir cerca de dois litros de água diariamente. No entanto, pessoas com problemas cardíacos, renais ou hepáticos, que são possíveis fatores de risco para o AVC, precisam ter orientação profissional sobre o consumo ideal de água.
Como reconhecer um AVC
Reconhecer rapidamente os sinais de um derrame cerebral ajuda a reduzir o risco de sequelas.
Uma forma simples de lembrar os principais sintomas é por meio da sigla SAMU.
S (Sorriso): peça à pessoa para sorrir e observe se um dos lados do rosto parece caído ou assimétrico.
A (Abraço): peça para levantar os dois braços; se um deles cair ou tiver fraqueza, é um sinal de alerta.
M (Música): solicite que a pessoa diga uma frase ou cante uma música e observe se a fala está embaralhada ou difícil de entender.
U (Urgente): em caso de qualquer um dos sintomas, ligue imediatamente para o SAMU (192), pois o atendimento rápido é crucial para salvar vidas e reduzir sequelas.
Com informações: Metrópoles