Rio Grande do Sul –A Polícia Civil do Rio Grande do Sul revelou em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (10) que a mulher investigada pelo envenenamento de uma família com bolo contaminado com arsênio, que resultou na morte de três pessoas em dezembro, teria envenenado também o leite em pó consumido por seu sogro, Paulo Luiz dos Anjos, dois meses antes.
Paulo Luiz faleceu em setembro de 2024 e teve seu corpo exumado na última quarta-feira (8). A perícia confirmou a presença de arsênio em seu organismo, substância igualmente utilizada no caso do bolo envenenado.
Segundo a delegada Sabrina Deffente, Deise Moura dos Anjos, principal suspeita do envenenamento da família, também foi responsável por envenenar o leite em pó. “O leite foi levado à casa da sogra no dia anterior à hospitalização de Paulo e ele o consumiu posteriormente”, explicou a delegada.
Deise é nora de Paulo Luiz e Zeli dos Anjos, ambos vítimas de intoxicação por arsênio. Atualmente, ela permanece em prisão temporária.
A suspeita é investigada por colocar arsênio, um veneno altamente tóxico, na farinha usada para preparar um bolo consumido pela família no dia 23 de dezembro. O doce envenenado resultou na morte de três mulheres: Maida Berenice Flores da Silva e Neuza Denize Silva dos Anjos, irmãs de Zeli, além de Tatiana Denize Silva dos Anjos, filha de Neuza.
A perícia confirmou que o bolo estava contaminado com arsênio, e Zeli, sogra de Deise, foi a responsável por prepará-lo com a farinha contaminada.
Análises de sangue, urina e conteúdo estomacal das vítimas também revelaram a presença de arsênio. Durante a coletiva, a delegada Sabrina Deffente informou que há indícios fortes de que Deise tenha cometido outros envenenamentos contra pessoas próximas.
Deise Moura dos Anjos é acusada de triplo homicídio qualificado e tentativa de homicídio contra outras três pessoas. As investigações apontaram que ela realizou diversas pesquisas online sobre venenos antes de cometer os crimes.
“Não há dúvida de que ela estava praticando homicídios em série. Ela conseguiu permanecer impune por um tempo, apagando as evidências que pudessem levá-la até a polícia”, afirmou a delegada.
Fonte: D24am.