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Chuva afasta risco de apagão neste ano, mas cenário para 2022 preocupa

Foto: Michael Melo

 

O começo da temporada de chuvas mais cedo que o esperado aliviou a crise hídrica e afugentou o risco de apagão no país, mas o cenário para 2022 ainda é incerto. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), no entanto, prevê um início de ano melhor do que o esperado, sinalizando que o uso das termelétricas, fontes que geram energia mais cara e poluente, será mais seletivo.
O órgão afirma, ainda, que os níveis de água dos reservatórios do Sul e Sudeste/Centro-Oeste, principais responsáveis pelo abastecimento energético do Brasil, estão em recuperação até o fim de novembro devido às chuvas de outubro – que chegaram adiantadas. A previsão era que o volume de água que caiu nos últimos dias fosse registrado apenas em dezembro.

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Sul: reservatórios devem chegar até o fim de novembro com 53,4% de capacidade. No ano passado, no mesmo período, os reservatórios atingiram até 54% da capacidade.
Sudeste/Centro-Oeste: devem alcançar 21,3% da capacidade. Em 2020, no mesmo período, a porcentagem foi de 18%.
Norte: previsão é de um volume de 34,9% ao fim deste mês. No ano passado, no mesmo período, a capacidade utilizada foi de 38%.
Nordeste: volume deve chegar a 35,3% até o fim de novembro. Em 2020, na mesma época, a porcentagem era de 30%.
Energia cara
Os valores necessários para manter as termelétricas ligadas são repassados aos consumidores por meio da chamada “bandeira de escassez hídrica”, no valor de R$ 14,20 por 100 kWh. A bandeira foi acionada em setembro e deve continuar em vigor até abril de 2022. Representa quase 50% a mais do que o cobrado no patamar 2 da bandeira vermelha, de R$ 9,49.

Fonte: Metrópoles