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Em Parintins, professores e técnicos do Ifam aderem à greve nacional

Professores e técnicos do Instituto Federal do Amazonas (Ifam/Campus Parintins) durante a assembleia dos servidores ontem (1º) decidiram pela adesão à paralisação nacional.

O professor Messias Ramos, membro do corpo docente do Ifam/Parintins, explicou ao site ParintinsAmazonas os motivos que levaram a essa determinação.

Conforme ele, a greve foi oficialmente deflagrada a partir desse momento, com a paralisação efetiva prevista para ser deliberada na Assembleia Geral dos servidores em 9 de abril.

Assim, com aproximadamente 90 servidores, sendo 65% deles professores, o Ifam de Parintins está unido em sua determinação de buscar justiça salarial e melhores condições de trabalho.

Como resultado, no dia 9 de abril, não haverá mais atividades.

Motivos

Os motivos por trás dessa ação coletiva são, primeiramente, a questão do reajuste salarial. Desde 2016, os docentes enfrentam um congelamento salarial, enquanto os Técnicos Administrativos em Educação (TAEs) não recebem um reajuste desde 2014.

Essa estagnação financeira, segundo Ramos, resultou em uma redução alarmante do poder de compra, estimada em mais de 33%, impactando significativamente a qualidade de vida dos servidores.

Por conseguinte, outro ponto crítico é a demanda por uma reestruturação dos planos de carreira das categorias envolvidas.

Essa revisão é vital para garantir progressão profissional e reconhecimento adequado do trabalho realizado pelos servidores ao longo do tempo.

Além disso, a falta de propostas concretas por parte do governo para o reajuste dos servidores da educação federal é um fator agravante.

A ausência de diálogo e negociação efetiva tem alimentado o descontentamento e a frustração entre os servidores, tornando a greve uma medida de último recurso.

 

Servidores

Para Messias, é importante ressaltar que, ao contrário de algumas instituições onde as decisões grevistas são lideradas por sindicatos, no Ifam de Parintins a mobilização ocorreu devido às condições enfrentadas pelos servidores.

Não há uma representação sindical direta, mas sim um comando estadual da greve. Os servidores foram convidados a participar das discussões e, embora ainda não haja uma comissão de greve formalmente estabelecida, é esperado que isso ocorra nos próximos dias.

A greve é um ato de resistência e solidariedade, uma demonstração de que os servidores estão dispostos a lutar pelos seus direitos e pela valorização da educação pública.

Segundo o professor Wendel Oliveira, os servidores do IFAM Campus Parintins decidiram aderir ao movimento de greve.

“Campus Parintins é o primeiro do Estado do Amazonas a decidir pela greve. Em todo o país já são mais de 300 Campi dos IFs paralisados”, diz Oliveira.

A direção do Campus do Ifam local não se manifestou ainda sobre esse fato.

 

*Com informações do site ParintinsAmazonas.