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Empresa emite nota vaga após acidente no Rio Amazonas e evita pronunciamento Oficial

Da Redação Portal Online Multimídia

A Hermasa, empresa do grupo AMAGGI, optou pelo silêncio – e pela superficialidade – após o trágico acidente ocorrido na manhã da última segunda-feira (16), em Itacoatiara (AM), que resultou na morte de dois trabalhadores. Uma embarcação com pane mecânica foi arrastada para debaixo de um comboio de balsas da empresa, provocando um dos episódios mais graves dos últimos anos na região.

Em vez de uma coletiva de imprensa, de esclarecimentos públicos ou, ao menos, de um posicionamento humano e transparente, a empresa limitou-se a encaminhar uma breve mensagem via aplicativo de celular. O conteúdo? Uma nota sem assinatura, sem timbre oficial, sem a mínima demonstração de responsabilidade institucional.

“Com profundo pesar, a AMAGGI, por meio da Hermasa, confirma a ocorrência de um acidente no Rio Amazonas, no município de Itacoatiara (AM), na manhã desta segunda-feira (16), que resultou na morte de um de seus colaboradores e de um funcionário terceirizado. O caso já foi comunicado às autoridades competentes e as causas do acidente estão sendo apuradas. A empresa está prestando toda a solidariedade e assistência às vítimas e seus familiares, e segue à disposição para colaborar com as investigações”, diz o texto enviado.

A nota – vaga, fria e mal elaborada – sequer é assinada por um representante da empresa. Questionada pela imprensa sobre essa ausência, a assessoria limitou-se a responder que “esse era o posicionamento da empresa. Obrigada”. Um “obrigada” que ecoa com insensibilidade no coração de familiares que enterram seus entes queridos sem respostas.

Em um momento em que a sociedade clama por responsabilidade corporativa e empatia com as vítimas, a postura da Hermasa revela o oposto: distanciamento, omissão, desrespeito e visando apenas produção e metas. Não se trata apenas de um acidente, trata-se de vidas interrompidas sob a responsabilidade de uma estrutura empresarial que, ao que tudo indica, prefere se proteger atrás de comunicados genéricos a enfrentar a realidade com transparência e dignidade.

O mínimo que se espera agora é que a empresa deixe de se esconder e assuma sua parte no processo – não apenas nas investigações, mas também diante da opinião pública e das famílias atingidas. Porque a dor não se apaga com mensagens frias. Ela exige presença, empatia e, principalmente, verdade.

 

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