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Justiça mantém prisão de coronel e outros dois envolvidos no saque de R$ 5 milhões na véspera das eleições

Na manhã desta terça-feira, 15 de outubro, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Pará decidiu por quatro votos a dois manter a prisão preventiva do coronel da Polícia Militar Francisco de Assis Galhardo do Vale, do soldado Ellis Dangeles Noronha Martins e do empresário Geremias Cardoso Hungria. Os três foram detidos pela Polícia Federal no dia 4 de outubro, após denúncias anônimas, ao serem flagrados sacando quase R$ 50 milhões em uma agência bancária, apenas três dias antes do primeiro turno das eleições.

A decisão do TRE reafirma a gravidade das acusações contra os réus, que estão sendo investigados por suspeitas de compra de votos. A juíza Rosa Navegantes de Oliveira, relatora do habeas corpus, argumentou que a manutenção da prisão é “essencial para garantir a lisura das investigações” e evitar qualquer tipo de interferência por parte dos acusados. Segundo ela, “a gravidade das acusações e a posição de autoridade dos réus justificam a medida cautelar”.

A Polícia Federal iniciou a operação após receber informações que levantaram suspeitas sobre o grande montante de dinheiro que estava sendo retirado. De acordo com as investigações, o coronel Galhardo teria sacado R$ 4.980.000,00. No veículo conduzido por Geremias Cardoso Hungria, foram encontrados R$ 380.000,00, enquanto o restante, no total de R$ 4.600.000,00, estava com Ellis Dangeles Noronha Martins, dentro da agência bancária.

Os três homens alegaram que parte do montante seria utilizado para pagar funcionários da Fazenda do candidato Antônio Doido, do MDB, que disputava a prefeitura de Ananindeua e acabou em segundo lugar nas eleições. No entanto, a explicação sobre a quantia encontrada com Martins não foi satisfatória, levando a Justiça a considerar a situação como suspeita.

 

 

*Com informações AM POST