Portal Online Multimidia

Manaus já registra 30 casos de Mpox só neste ano

Nos primeiros quatro meses de 2025, Manaus registrou 30 casos confirmados de Mpox (antiga varíola dos macacos), conforme o Informe Epidemiológico da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) divulgado na última quarta-feira (23). Esse número já supera os casos confirmados em todo o ano de 2023, que foram apenas dez. Além disso, os casos do ano atual já representam 36,1% do total de 83 casos positivos registrados em 2024.

Conforme o informe, todos os 30 casos positivos de Mpox registrados em Manaus são de pacientes do gênero masculino. Desses, 60% estão na faixa de idade entre 30 e 39 anos, enquanto 26,7% têm entre 20 e 29 anos, e 13,3% estão na faixa de 40 a 49 anos. Janeiro foi o mês com o maior número de notificações, totalizando 13 casos, seguido por abril, com oito registros, março, com seis, e fevereiro, com três casos notificados. Nenhum óbito até o momento.

Nesse primeiro quadrimestre do ano, Manaus teve uma média de 7,5 casos confirmados de Mpox, 55 notificados, dois casos suspeitos e 23 descartados. No último sete dias, um caso foi notificado. Segundo o informe, nenhum outra cidade do AM registrou a doença. Os cinco principais sintomas apresentados pelos pacientes estão febre, lesão na pele, fraqueza, lesão em mucosa (tecido que reveste cavidades úmidas do corpo), lesão nos genitais e dor muscular.

Três anos

Segundo o Boletim Epidemiológico sobre a Situação da Mpox no Amazonas dos anos de 2022 a 2024, foram notificados um total de 1.128 casos no estado. Desses, 436 foram confirmados, 11 considerados prováveis e 681 descartados. A análise da Fundação revela que, entre 2022 e 2023, houve uma redução no número de casos confirmados. No entanto, de 2023 para 2024, observou-se um aumento nos registros de Mpox no Amazonas.

“Em 2022, primeiro ano da circulação do vírus no estado, foram registrados 769 casos, dos quais 343 foram confirmados, 10 classificados como prováveis e 416 descartados. Em 2023, a observou-se uma redução nas notificações, totalizando 168 casos, com 10 confirmações, 1 caso provável e 157 descartados. Já em 2024, observou-se um novo crescimento nos casos confirmados, totalizando 83 registros em um universo de 191 notificações”, analisou a FVS-AM.

Durante esses três anos de monitoramento da Mpox, além da capital, os municípios de Iranduba, Parintins e Itacoatiara registraram mais casos positivos com 4, 2 e 2, respectivamente. Alvarães, Carauari, Lábrea, Novo Airão, Rio Preto da Eva e São Gabriel da Cachoeira apresentaram um caso positivo em anos distintos. Em todo o AM, a Mpox foi predominante no gênero masculino com 414 casos confirmados, o que representa 95% do universo de 436 casos. Já o gênero feminino registrou 22 casos (5%).

Sobre

A Organização Pan-americana de Saúde define a Mpox como “uma zoonose causada pelo vírus mpox, do gênero Orthopoxvirus. Caracterizada por erupções cutâneas ou lesões na pele que geralmente se concentram no rosto, nas palmas das mãos e nas solas dos pés”. Ainda conforme a organização não há um tratamento específico para a Mpox.

Em setembro do ano passado a Organização Mundial da Saúde (OMS) pré-qualificou vacina contra a Mpox produzida pela farmacêutica Bavarian Nordic. Na prática, a dose, a partir de agora, pode ser distribuída a países de baixa renda e enfrentam surtos da doença por meio de entidades como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (GAV).

Segundo a OMS, a vacina pode ser administrada em pessoas com 18 anos ou mais em esquema de duas doses, com intervalo de quatro semanas entre elas. O foco do Ministério da Saúde tem sido em grupos considerados de risco como pessoas com HIV/Aids e profissionais de saúde que lidam diretamente com o vírus. A Mpox é transmitida principalmente por contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais, lesões na pele ou mucosas de animais infectados.

 

 

 

*Com informações ACRITICA.COM

Opps: Este contéudo não pode ser copiado!