Brasil – O médico Bruno Felisberto, de 29 anos, foi preso preventivamente nesta segunda-feira (6), após confessar ter atirado na cabeça da namorada, Ketlhyn Vitória de Souza, de 15 anos. A adolescente não resistiu ao ferimento e morreu na madrugada do último sábado (3), em Guarantã do Norte, no Mato Grosso. O caso, que vem gerando forte repercussão, é investigado pela Polícia Civil como homicídio.
De acordo com o boletim de ocorrência, Bruno levou a jovem ao hospital local por volta da 1h da manhã, pedindo socorro. Ketlhyn não resistiu aos ferimentos e teve a morte confirmada após cerca de 40 minutos de tentativas de reanimação. Testemunhas relataram que o médico entrou em surto no hospital, quebrando portas e janelas.
Bruno permaneceu foragido por dois dias, até se apresentar à polícia na Base Aérea do Cachimbo, no Pará. De lá, foi encaminhado à delegacia, onde prestou depoimento e confirmou ter sido o autor do disparo, alegando que o tiro foi acidental.
Segundo a defesa do médico, o casal estava dentro de um carro no momento do disparo, ambos supostamente sob efeito de álcool. A arma, um revólver, teria sido manuseada por Bruno acreditando estar descarregada. O advogado Fábio Henrique afirma que o casal mantinha um relacionamento estável, com o consentimento da família da adolescente, e que o médico está profundamente abalado com a tragédia.
Vídeos publicados nas redes sociais da vítima mostram Bruno portando arma de fogo e dirigindo embriagado, o que, segundo a defesa, seria “comportamento comum entre jovens”. A presença de uma menor de idade em um relacionamento com um adulto de 29 anos, porém, pode configurar outros crimes além do homicídio.
A Polícia Civil do Mato Grosso segue investigando o caso para apurar se houve dolo no disparo e se o médico responderá também por posse ilegal de arma, feminicídio ou estupro de vulnerável, já que Ketlhyn era menor de idade.