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É evidente que por trás da figura lúgubre da morte portando uma placa em esquinas movimentadas de Manaus com dizeres: “não use cinto, otário“, há uma pré campanha pelo uso do cinto de segurança. De quem? Governo ? Prefeitura de Manaus? Ainda não se sabe.
O alerta sobre o uso do cinto é importante. O problema é a linguagem utilizada, chula, ofensiva e imprópria. Como se um grupo de elite, educado nas melhores universidades estivesse falando com a base da pirâmide social, com uma dose excessiva de arrogância: “Otários”.
É essa ideia elitista de que a população é otária que faz desse pais extremamente desigual e violento. Seja na questão da divisão da renda, seja no acesso a uma educação de qualidade.
O cinto é necessário, assim como a cadeira para bebês, que o Contran (Conselho Nacional de Trânsito), atendendo a um pedido do presidente Bolsonaro, abrandou a penalidade para quem não a tiver utilizando. Extinguiu a perda de pontos e deixou apenas advertência aos condutores.
Foi uma aposta na tolerância e um desrespeito à vida em um Pais candidato a ter parte da população mutilada na guerra das ruas.
O que ficou evidente no caso das cadeirinhas de bebês é que não interessa aos doutores desse pais o bem estar do povo.
No caso relativo aos “otários”, onde na verdade nos incluiram, fica claro que os governos ou ongs que orbitam em torna deles em busca de ganhos para suas lideranças, nada querem, como dizem os mais jovens, além de “zoar”. Ninguém está interessado em uma campanha que eduque para o trânsito. Que fale não apenas do momento presente, das vitimas e sequelados que o trânsito produz, mas para crianças e jovens que ainda não dirigem. E que são o futuro.
Fonte: Portal do Holanda