A dupla foi identificada como ‘Santiago’ e ‘William Barão’. Além de competições automobilísticas ilegais em vias públicas de Manaus, os presos também roubavam veículos e promoviam o comércio de peças via desmanche
Vinte pessoas foram presas na operação Vorax, deflagrada nesta quinta-feira (1º) pela Polícia Civil, por meio do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Entre os presos estão dois chefes de facção criminosa identificados como “Santiago” e “William Barão”.
De acordo com o titular do 1º DIP, delegado Cícero Túlio, a operação desarticulou uma organização criminosa responsável por realizar competições automobilísticas ilícitas em vias públicas de Manaus.
Os presos também realizavam roubos de veículos e promoviam o comércio clandestino de peças roubadas em desmontes ilegais.
De acordo com o delegado, até o momento, 17 integrantes de uma organização criminosa foram presos. Eles são responsáveis por gerenciar um esquema grandioso que envolve roubos e furtos de motocicletas, desmanches clandestinos e a organização de competições automobilísticas ilícitas nas vias públicas de Manaus.
Crimes documentados nas redes sociais
De acordo com Cícero Túlio, as investigações apontaram que os autores administravam redes sociais com centenas de milhares de motociclistas seguidores, organizando eventos clandestinos denominados de “rolezinho”.
Nos rolezinhos, os seguidores participavam de competições clandestinas de manobras irregulares em via pública, ocasionando dezenas de acidentes.
Além disso, os integrantes gerenciavam um esquema de encomenda de furtos e roubos de motocicletas, as quais posteriormente eram destinadas a oficinas parceiras onde se realizavam os desmanches clandestinos e venda de peças oriundas dos crimes.
Nos grupos compostos por milhares de seguidores, eram feitas publicidade e indicação das oficinas usadas para o comércio clandestino das peças oriundas de motocicletas roubadas.
Ação policial
Os mandados de prisões preventivas foram cumpridos em Manaus e na cidade de Brusque, em Santa Catarina. Seis mandados de busca e apreensão em oficinas e lojas de peças para motocicletas na capital, além de 38 mandados de sequestro de bens e o bloqueio de 40 perfis em redes sociais administradas pelos autores foram determinados pela justiça.
Cerca de 40 motocicletas foram apreendidas durante as ações policiais que se iniciaram na noite anterior ao cumprimento dos mandados, das quais quatro possuíam restrição de roubo ou furto. Na ação policial, dez oficinas clandestinas foram lacradas.
Durante a primeira fase da operação, foram presas seis pessoas em razão dos crimes de associação criminosa e direção perigosa. No curso das investigações, foi possível identificar que parte dos autores também gerenciavam um esquema de promoção ilícita de jogos eletrônicos de azar e lavagem de capitais.
Os presos serão indiciados pelos crimes de Organização Criminosa, Racha, direção perigosa, atentado contra a segurança de serviços de utilidade pública, atentado contra a segurança de meios de transportes, recepção qualificada, adulteração de sinal identificador de veicular.
Fonte: ACRÍTICA