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Patroa obrigava babá a fazer pr0gramas s3xu4is sob am3aças em Manaus

Manaus – A Polícia Civil do Amazoas (PC-AM) repassou mais detalhes sobre a prisão de Camila Barroso, suspeita de participação na morte de Geovana Costa Martins, 20. A vítima foi contratada para trabalhar como babá e depois começou a ser aliciada e explorada sexualmente pela patroa, segundo as investigações.

De acordo com informações do delegado Ricardo Cunha, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Geovana foi dada como desaparecida no dia 19 de agosto, o corpo dela foi encontrado dia 20 e a família fez o reconhecimento no dia 26. A motivação do crime segue sendo investigada.

A adjunta da DEHS, Marília Campello, explicou que a casa onde Camila morava era alugada e funcionava como uma casa de massagens onde era realizado a exploração sexual de mulheres. A prisão imediata da suspeita foi pedida porque ela estava com uma viagem marcada para a Europa.

A polícia explica que no inicio, Geovana foi contratada por Camila para trabalhar como babá. Em seguida, a patroa da jovem começou a aliciar a vítima oferecendo luxo e privilégios. A partir disso, começou a obrigar que Geovana não saísse mais da casa e fizesse programas sexuais.

 

A patroa também passou a proibir que a vítima tivesse contato com outras pessoas. “Quando Geovana tentava sair da casa, Camila fazia ameaças dizendo que a vítima tinha dívidas com ela”, disse a delegada.

Ex-namorado de vítima não tem envolvimento

Na quarta-feira (28), quando Camila foi presa, ela chegou a acusar o ex-namorado de Geovana. A adjunta da DEHS informou que o ex da babá procurou a polícia e mostrou conversas onde Camila proibia que a jovem tivesse contato com ele. Até o momento, segundo as investigações, não há indicios de que o ex da vítima tenha envolvimento com o crime.

“Geovana foi torturada e espancada. A Camila nega o crime, mas o carro usado para deixar o corpo da vítima na área de mata estava em posse dela”, disse a delegada. O carro usado no crime irá passar por perícia.

Viagem para Europa e presença da suspeita no velório da vítima

A família de Camila mora na França e ela estava com uma passagem marcada para viajar, segundo a polícia. Além disso, a suspeita já foi presa por tráfico de drogas e se dizia ser ex-mulher de um traficante.

As investigações da polícia descobriram que Geovana também tinha tirado um passaporte recentemente e talvez a ideia de Camila era de usar a babá como “mula” no tráfico de drogas.

Segundo a adjunta da DEHS, as fotos que circularam nas redes sociais onde Geovana aparece espancada em cima de uma cama foram tiradas dentro da casa onde ela morava com Camila. No dia 19, antes mesmo da babá ser dada como desaparecida, a suspeita enviou uma mensagem para a proprietária do local informando que iria se mudar.

A polícia contou também que Camila acompanhou a mãe de Geovana na delegacia para registrar um boletim de ocorrência (BO) sobre o desaparecimento. Além de ter ido ao velório da jovem e ter sido vista chorando bastante alegando que era “uma segunda mãe” da vítima.

Procurado

A DEHS informou também a participação de Eduardo Gomes da Silva, que seria filho da proprietária da casa em que Camila morava e funcionava como local de exploração sexual. A delegada Marília falou que Eduardo e a suspeita tinha relações nos negócios.

A PC-AM solicita a quem tiver informações sobre o paradeiro do infrator deve entrar em contato pelos números (92) 98118-9535, ou pelo 181, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM). A identidade do informante será preservada.

 

Fonte: D24am.