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Polícia investiga abuso sexual e maus tratos a jovem em hospital de Niterói

Estudante de 18 anos foi internada após ter uma convulsão. Familiares afirmam que equipe médica não passa informações e que jovem foi amarrada na maca. Hospital nega negligência e diz desconhecer suposto caso de abuso.

A polícia investiga relatos de uma jovem a parentes de que teria sofrido negligência, maus-tratos e abuso sexual enquanto estava internada em um hospital particular em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. A unidade de saúde nega as acusações.

Familiares de uma estudante de 18 anos contam que receberam na última terça-feira (1º) um pedido de socorro da jovem que está internada no Hospital Icaraí, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Ela relatou, pessoalmente para a mãe e em uma ligação telefônica para a irmã, que foi acordada com um médico mexendo em sua vagina. Parentes também reclamam de falta de informações sobre o estado da jovem, que foi internada com convulsões.

A família registrou o caso numa delegacia e a polícia pediu exame de corpo de delito na jovem.

“As investigações estão em andamento na 76ª DP (Niterói) para apurar os fatos. A mãe da vítima vai ser ouvida, nesta sexta-feira, na unidade policial. Os agentes também vão intimar todos os médicos do hospital envolvidos no atendimento à vítima para serem ouvidos na delegacia”, disse a Polícia Civil.

O hospital, que é particular, diz que tem passado informações sobre o estado de saúde da jovem para a família, mas a irmã nega.

A jovem foi internada na noite do dia 26 de novembro com convulsão. A jovem foi medicada após a internação. Ainda não há um diagnóstico claro sobre o estado de saúde dela, segundo a família. A família relata ainda que a menina teria sido amarrada na maca da unidade.

A mãe da jovem esteve no hospital nesta terça – quando ela ligou para a irmã – e novamente nesta quarta.

 

“Uma hora ela estava sedada, outra hora não. Eles se recusavam a falar com a minha mãe, debochavam. Ontem [terça-feira] eu consegui falar com ela. Minha mãe foi visitar e levou o celular. Ela me pediu socorro, ela pediu para sair de lá. Ela estava chorando. Ela falou que foi muito maltratada”, contou a irmã da estudante, que tem 22 anos.

 

A irmã de paciente afirmou ainda que a caçula relatou ter acordado com as pernas abertas e com um médico mexendo na sua vagina na madrugada de segunda-feira (1º). A equipe médica, por sua vez, informou à família que se tratava de uma coleta de urina para exame.

Caso registrado na DP e jovem foi entubada

 

Após o pedido de socorro, a família registrou o caso na 77ª DP (Icaraí) e pediu ao hospital para que a paciente fosse transferida. Apesar disso, segundo os parentes, os médicos estariam dificultando o processo de remoção da paciente. A família diz que, após o relato de abuso, a jovem foi entubada, sem que o motivo para isso fosse explicado pelo hospital.

‘Minha mãe voltou lá [nesta quarta] e ela já estava entubada. Minha mãe pediu documentação para transferir ela de hospital e eles negaram. Pediu o resultado desse suposto exame e eles se recusam a entregar. A gente está desesperada. Como a gente vai tirar ela de lá? Por que eles não querem transferir ela de lá? A gente não consegue entender. Os médicos se recusam a falar com a gente”, completou a irmã

O Hospital Icaraí foi questionado sobre o suposto caso de abuso da paciente e informou que o hospital não foi notificado sobre o assunto. Assim que isso acontecer, ”o departamento jurídico tratará de forma legal para apurar os fatos verídicos e dar encaminhamento”.

Em relação aos casos de negligência médica e falta de informação da paciente à família, a unidade disse que as “informações não são verídicas, pois a família vem sendo acompanhada e atendida, diariamente, pelo Serviço Social do Hospital Icaraí e por sua equipe do Centro de Terapia Intensiva”.

A Polícia Civil também foi procurada ,mas até a publicação desta reportagem não enviou uma resposta.

Com informações:g1 / portal online multimídia