O leite condensado somou mais de R$ 15 milhões em gastos e gerou polêmica na internet (FOTO ILUSTRATIVA:
O Portal da Transparência do governo federal saiu do ar na noite dessa terça-feira (26) depois que o Metrópoles divulgou dados que mostram que, no último ano, o Executivo federal gastou mais de R$ 1,8 bilhão em alimentos – um aumento de 20% em relação a 2019. Dentre os produtos alimentícios, está o leite condensado, que, sozinho, já representou um gasto de mais de R$ 15 milhões ao cofres públicos.
Depois da divulgação dos dados, brasileiros expressaram sua revolta em relação aos valores exorbitantes gastos pelo Executivo federal, inclusive figuras públicas, que entraram com ação no STF (Supremo Tribunal Federal) pedindo investigação. Dentre elas, está o ex-candidato à Presidência, Ciro Gomes, juntamente com o seu partido, o PDT. Deputados do PSOL também se uniram em um pedido de investigação na PGR (Procuradoria-Geral da República).
Eles alegam que há potencial de vários crimes no meio desses números, além da imoralidade dos gastos em meio a uma pandemia e crise econômica no país. Uma das possibilidades levantadas por esses críticos é o superfaturamento e desvio de verba. Em relação à quantidade gasta em leite condensado, por exemplo, o valor é o equivalente a 7,2 mil latas por dia, ao custo de R$ 162 cada uma.
O Portal da Transparência, que voltou a ficar disponível – mesmo com instabilidade – por volta das 11h dessa quarta-feira (27), é um canal pelo qual o cidadão pode acompanhar a utilização dos recursos federais arrecadados com impostos no fornecimento de serviços públicos à população. De acordo com o próprio governo, o site tem o objetivo de garantir e ampliar a transparência da gestão pública e fortalecer a participação social na fiscalização dos gastos e investimentos do Poder Executivo Federal.
Repercussão
O caso, além de ter movimentado ações na Justiça, causou revolta nas redes sociais. Depois da saída do Portal de Transparência do ar, várias pessoas comentaram sobre o assunto nas mídias sociais. Reginaldo Lopes, deputado federal pelo PT e autor da lei da transparência, afirmou que, juridicamente, o site com as informações de gastos não pode sair do ar.
Com informações: Bhaz