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Servidores do Instituto Chico Mendes desaparecem em área de mata no AM

Presidente Figueiredo (AM) – Os servidores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) Ronaldo Braga Gonçalves e Dorizé do Carmo estão desaparecidos desde a última terça-feira (2), no município de Presidente Figueiredo (distante 126 quilômetros de Manaus). Eles estavam na vila de Balbina e teriam ido a uma base de pesquisa chamada ‘Wabá’.

A duração da viagem seria de 3h a 3h30 e os servidores saíram do porto Mirandinha, viagem que já estavam acostumados a fazer, segundo informações da família. Porém, o barco não chegou ao destino.

Os familiares acionaram a Guarda Municipal da cidade e as buscas começaram. Durante toda manhã desta sexta-feira (5), equipes da Secretaria Municipal de Ordem Pública e Integração estão na área, fazendo um rastreamento por drone.

“Assim que ficamos sabendo do desaparecimento, iniciamos as buscas. Neste momento, o rastreamento por drone alcança uma distância de quatro quilômetros. Se os servidores não forem encontrados, devemos utilizar uma aeronave para continuar as buscas, em conjunto com demais autoridades de segurança e Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e do ICMBio ”, afirmou o titular da pasta, Oliveira Júnior.

As equipes também se mobilizam, com a participação popular, para encontrar os servidores, em uma área que é cercada por ilhas. Moradores do local não acreditam que os servidores tenham sido atacados por indígenas, mas a possibilidade de piratas não é descartada.

Desespero

Familiares de Dorizé do Carmo souberam do desaparecimento dos servidores às 14h de quarta-feira (3).

“Foi a hora que nos telefonaram para avisar do desaparecimento, porque era preciso fazer um boletim de ocorrência. Minha família toda está desesperada. Como filha, eu faço um apelo. Façam varredura com avião, alguma coisa. São quatro dias e não sabemos como estão. São vidas, eles têm pessoas esperando eles em casa”, disse Alice do Carmo, filha do servidor, emocionada.

Já a mãe de Ronaldo, Francinete Braga, disse que o filho costumava avisar por celular nas viagens. Mas, desta vez, isso não aconteceu.

“Ele avisava quando chegava, mas, dessa vez, não avisou. O pai dele, nervoso, sem se alimentar, já desceu o rio. O que me revolta é que o pai dele é um barqueiro experiente. Se tivessem comunicado antes, o pai dele teria ido atrás. Hoje é sexta e ainda não temos nenhuma notícia. Fiz até um voto de fé de só tomar água, até meu filho aparecer”, disse, desesperada.

As buscas devem continuar na tarde desta sexta-feira (5). Até o momento, nada foi encontrado. Nem mesmo, destroços.

 

Com Informações do EM TEMPO