Um “superfungo” de alta periculosidade para a população foi detectado pela primeira vez no Brasil, mas precisamente no estado da Bahia. O fungo chamado candida auris foi encontrado no organismo de um paciente acometido com covid-19, que está internado na UTI de um hospital da rede particular de Salvador.
De acordo com o Uol, os especialistas informaram que esse tipo de cândida é muito difícil de tratar e por isso, é mortal em quase 60% dos casos. Além disso diferente dos demais, ele é transmitido de pessoa para pessoas também através de superfícies contaminadas, como explica o médico Antônio Bandeira, infectologista da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Bahia:
“Esse fungo tem uma característica diferente, porque a maior parte dos fungos não tem transmissão de pessoa a pessoa. A gente vê isso geralmente com bactérias multirresistentes. No entanto, esse fungo pode ser transmitido de pessoa a pessoa. Ou seja, pode ter a transmissão por contato. Além disso, pode ficar em superfícies e servirem de material intermediário para infecção”.
O hospital mandou amostras do superfino para o laboratório e a mesma deve ser submetida a testes que revelem a substâncias as quais o superfino pode ser resistente e à quais ele pode resistir. Os especialistas agora tentam descobrir se este seria o primeiro paciente infectado com a candida auris no país ou se podem haver outros casos não notificados ou descobertos:
“O que sabemos é que esse fungo foi isolado de um cateter de um paciente que estava internado, mas exatamente, saber se esse é o paciente número 1 ou se efetivamente há mais de um paciente, está sendo investigado ainda”, explicou Bandeira.
Por se tratar de um fungo tão perigoso, o hospital onde o paciente está passa por medidas de higienização e desinfecção. O intuito é tentar impedir que uma nova doença gravíssima se espalhe no país como aconteceu com a covid-19.