MANAUS-AM | No último domingo, Teresa Cristina viveu momentos tensão no Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, em Manaus. O que começou como uma tentativa de auxiliar amigos envolvidos em um acidente de trânsito rapidamente se transformou em um episódio de confusão que levou a sua prisão.
Teresa relata que, ao buscar atendimento para uma amiga ferida, foi confrontada por uma atendente que, segundo ela, agiu de maneira rude e grosseira ao solicitar documentos. O desentendimento escalou, resultando na intervenção de um policial militar.
Segundo o relato de Teresa, o policial a conduziu para uma sala isolada nas dependências do hospital, onde a teria agredido fisicamente. Ela exibiu hematomas como prova das agressões sofridas, descrevendo um episódio de violência que a deixou traumatizada.
“O que aconteceu foi que uma atendente totalmente despreparada começou a gritar (…) a mulher fala de uma forma totalmente brusca e grossa comigo, eu vou tratá-la da mesma forma. E eu revidei também o abuso”, contou.
Após a agressão, Teresa foi detida e levada para uma delegacia, onde permaneceu por sete horas até pagar uma fiança para sua liberação. Além da violência física, ela denuncia que informações pessoais suas foram indevidamente divulgadas na internet pela polícia, incluindo detalhes sobre sua família que somente a delegacia teria acesso.
“Estou devastada por ter sido tratada desta maneira por um policial, alguém que deveria proteger os cidadãos”, disse Teresa em um vídeo divulgado nas redes sociais, onde também expôs o ocorrido e pediu justiça.
Enquanto isso, Teresa Cristina busca apoio e justiça, esperando que seu relato traga à tona problemas estruturais que precisam ser enfrentados tanto no sistema de saúde quanto no sistema de segurança pública do estado.
“O policial me aborda completamente abusivo comigo e me leva pra uma sala totalmente vazia. Uma sala que inclusive fica bem próxima à recepção. Será também que é um procedimento deles abordar uma mulher e levar pra uma sala vazia e ficar só e agredir?”, questionou ela.
“Quando esse policial me levou pra essa sala, ele me jogou no chão. Eu tenho fotos das agressões, inclusive também eu tenho evidências até agora do meu corpo. Ele me levou pra essa sala e me jogou no chão e montou em cima de mim, do meu corpo, ele montou em cima de mim e começou a me agredir (…) Hoje faz seis dias do ocorrido, seis dias que eu fui agredida covardemente por um policial”, disse Teresa ao mostrar o hematoma.
A Polícia Militar do Amazonas ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. No entanto, o incidente levanta sérias questões sobre conduta policial, proteção dos direitos civis e procedimentos de segurança em hospitais.
Confira o pronunciamento
Fonte: IMEDIATO